É preciso regulamentar a intercambialidade, afirmam médicos e pacientes
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Eles defenderam uma regulamentação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que impeça a intercambialidade. ?Estamos num limbo regulatório e, por isso, muitas vezes a troca é feita por aspectos financeiros, não técnicos?, afirmou o médico Valdair Pinto, consultor em medicina farmacêutica e pesquisa clínica.
Segundo ele, a classe médica não é contra o uso de biossimilares, principalmente em novos pacientes, mas ?o apoio não é irrestrito?. ?A aprovação regulatória precisa ser feita com bases científicas sólidas e transparentes?, disse.
A coordenadora da associação de pacientes Biored Brasil, Priscila Torres, também cobrou clareza do poder público quanto à substituição dos medicamentos. Além de ser contra a intercambialidade, para a organização, é preciso estabelecer que a nomenclatura do biossimilar seja diferente da do biológico.
?Hoje, o que há na caixa é o nome da molécula, do princípio ativo, que é igual em ambos. Mas é preciso ficar claro para o paciente que os remédios não são idênticos?, afirmou Torres, que é autora do blog Artrite Reumatoide, doença crônica que a acomete. ?Nós e os médicos estamos de mãos atadas sob o poder do gestor público.?
A Anvisa é responsável por certificar os novos remédios biossimilares no país, mas, quanto à regulamentação da intercambialidade, a agência informou ser competência do Ministério da Saúde. Leia mais (02/22/2018 - 16h25)