Dezembro sempre foi um mês que me trazia mais angústia do que alegria. As ruas lotadas, as buzinas incessantes, o trânsito e as pessoas apressadas e sem paciência transformavam a cidade em um cenário de guerra. Todos queriam viver como se o mundo fosse acabar no dia 31, correndo para comprar presentes, comparecer às confraternizações e resolver pendências que não precisavam ser resolvidas imediatamente. Eu era uma dessas pessoas. Durante anos, deixei que essa pressão me consumisse, até que percebi que algo precisava mudar. Читать дальше...