20 políticos que fizeram a diferença e foram decisivos na disputa de prefeituras em Goiás em 2020
Caiado, Roberto Naves, Jânio Darrot, Renato de Castro, Gustavo Mendanha e José Nelto são grandes estrelas da disputa eleitoral
Há outros líderes para além dos listados. Mas a lista contempla os que podem ser considerados grandes vencedores — mesmo alguns deles não tendo disputado eleições diretamente. Souberam, porém, trabalhar para eleger seus aliados. E há os que, disputando, firmaram ou reafirmaram suas reputações político-eleitorais.
A lista a seguir está disposta em ordem alfabética, e não de importância.
1
Adib Elias/Catalão
O prefeito vai governar Catalão pela quarta vez e entra para a história da cidade como um de seus principais líderes. Na eleição do dia 15 de novembro, derrotou tanto o MDB de Daniel Vilela quanto o PSDB de Marconi Perillo. Influenciou, de maneira decisiva, a disputa em Ipameri, pois Janinho Pacheco foi eleito com seu apoio. É cotado para disputar mandato de deputado federal ou de senador. Também é listado como possível vice de Ronaldo Caiado em 2022. É filiado ao Podemos.
2
Agenor Rezende/Mineiros
O governo jogou pesado para eleger Flávia Resende Oliveira Vilela, do Democratas. Mas, graças à liderança do prefeito e ex-governador Agenor Rezende (MDB), um sobrinho, Aleomar de Oliveira Rezende (MDB), foi eleito, com 58,55% dos votos. É cotado para disputar mandato de deputado estadual, mas, talvez devido à idade, acabe por bancar uma filha.
3
Alexandre Baldy/Goiás
O ex-ministro e secretário do governo de São Paulo atuou, direta e indiretamente (via o deputado federal Adriano do Baldy), em várias cidades de Goiás. O partido Progressistas, que dirige, tinha 23 prefeitos e agora terá 30. Mais importante: tem condições de eleger o prefeito de Anápolis, Roberto Naves. Trata-se da cidade que tem o terceiro maior eleitorado do Estado, mas, em termos de importância histórica, só perde para Goiânia. É um município-referência. Deve ser candidato a senador em 2022.
4
Célio Silveira/Entorno de Brasília
O deputado federal do PSDB — MDB e Democratas vão disputar seu passe político em 2022 — mostrou força em pelo menos duas cidades do Entorno de Brasília: Valparaíso e Luziânia. O parlamentar foi decisivo na vitória de Pábio Mossoró (MDB), em Valparaíso de Goiás, e de Diego Sorgatto (Democratas), em Luziânia. As duas cidades são, ao lado de Águas Lindas e Formosa, as mais emblemáticas do Entorno. Deve disputar mandato de deputado federal ou senador.
5
Daniel Vilela/Goiás
O presidente do MDB atuou em todo o Estado. Sob sua direção, o partido manteve, entre outras, as prefeituras de Aparecida de Goiânia e de Mineiros e conquistou a de Jataí, uma das mais importantes do Sudoeste goiano. Em Goiânia, seu pai, Maguito Vilela, foi para o segundo turno em primeiro lugar. O partido terá menos prefeituras, é certo. Mas conquistou prefeituras emblemáticas, como a de Valparaíso. Deve disputar mandato de senador ou governador em 2022.
6
Daniela Vaz Carneiro/Ipameri
O MDB de Daniel Vilela, com Ludmilla Cozac, e o Democratas, com Bartô Nascimento, criaram estruturas fortes, mas perderam para Janinho Pacheco (34,47% dos votos), do Podemos. A prefeita Daniela Carneiro Vaz foi decisiva na vitória do vereador. Muito mais do que Adib Elias e José Nelto. Há quem aposte que deve ser candidata a deputada estadual, mas ela ainda não se manifestou.
7
Eronildo Valadares/Porangatu
O ex-prefeito foi o cabo eleitoral número um da prefeita eleita Vanuza Valadares (Podemos). Aos que acreditam que está “magoado” pelo fato de não ter sido candidato, uma ducha de água fria: Eronildo Valadares (Democratas) está tremendamente feliz com a vitória de sua mulher. A vitória é dela, mas também sua. Pode ser candidato a deputado estadual, mas pode bancar um filho, Givago Valadares.
8
Gustavo Mendanha/Aparecida
O prefeito Gustavo Mendanha, de 38 anos, uma espécie de Maguito Vilela da era digital, foi eleito, acredite, com 95,81% dos votos. Tornou-se tão forte que está influenciando no pleito de Goiânia. Começou como cabo e foi rapidamente promovido a general eleitoral na campanha de Maguito Vilela. Nas regiões conurbadas entre Goiânia e Aparecida, de ponta a ponta, está exercendo uma poderosa influência pró-Maguito. Pode-se dizer que se tornou padrinho do político mais velho (71 anos) e experiente. Pode disputar o governo de Goiás em 2022 ou em 2026.
9
Humberto Machado/Jataí
Eleito prefeito pelo MDB, Humberto Machado é uma força da natureza. Há um caso de amor entre o emedebista e os eleitores do segundo mais importante município do Sudoeste goiano. Ele não costuma perder eleição. Na disputa deste ano, obteve 55,33% dos votos. Não disputa mandato em 2022.
10
Jânio Darrot/Trindade
O prefeito de Trindade é que se pode chamar de uma força da natureza. Não é populista, mas é popular. É um gestor eficiente e criativo. A história do município tende a ser dividida entre a. J. e d. J., quer dizer, antes de Jânio e depois de Jânio. Modernizou a cidade e fez o sucessor, Marden Júnior, do Patriota. É uma reserva moral da política de Goiás. Jânio Darrot (PSDB) pode disputar o governo do Estado ou mandato de senador ou de deputado federal.
11
Joaquim Guilherme/Morrinhos
As favas estavam contadas: Tiago Mendonça, do Democratas, seria eleito prefeito de Goiânia. Entretanto, desvencilhando-lhe de problemas na Justiça, ressurge Joaquim Guilherme, do PSDB. Pôs o bloco nas ruas, “descontou” as favas e ganhou a eleição. Mostrou força. Não disputa mandato em 2022.
12
José Nelto/Goiás
No interior, é chamado de “Formiguinha Atômica” e de “político onipresente”. Na campanha de 2020, andou tanto pelo Estado que passou a conhecer praticamente todos os líderes. Ele teve peso em várias eleições, como em Águas Lindas, com Dr. Lucas da Santa Mônica; Porangatu, com Vanuza Valadares; em Ipameri, com Janinho Pacheco; e em Pires do Rio, com Cida Tomazini. No Sudeste goiano, contribuiu para vitória de Adib Elias. Tende a disputar mandato de deputado federal, em 2022, e de senador, em 2026.
13
Lissauer Vieira/Goiás
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás participou do processo eleitoral em várias regiões. Sempre com presença ativa. Em Rio Verde, sua cidade, apoiou o prefeito Paulo do Vale, atendendo pedido do governador Ronaldo Caiado. Lissauer Vieira (PSB) deve disputar mandato de deputado federal, mas também tem sido citado para vice de Ronaldo Caiado.
14
Paulo do Vale/Rio Verde
O prefeito de Rio Verde não faz o gênero populista, não aprecia tapinhas nas costas. É um gestor competente e firme. Mesmo disputando uma reeleição, quando se tem desgaste, obteve 51,07% dos votos, contra 41,91% de seu principal adversário, Osvaldo Fonseca Júnior, do MDB. Paulo do Vale (DEM) não disputa mandato em 2022.
15
Renato de Castro/Goianésia
O MDB de Daniel Vilela impediu a candidatura de Renato de Castro à reeleição e aliou-se ao PSDB de Otavinho Lage. O prefeito não ficou quieto e lançou um candidato, Leozão do Renatão (Leonardo Silva Menezes), do Democratas, que acabou ganhando. O prefeito mostrou ter mais força do que o MDB de Daniel Vilela e Pedro Gonçalves e do que o PSDB de Jalles Fontoura e Otavinho Lage. Cotado para disputar mandato de deputado federal ou estadual. Seu passe é disputado pelo PTB, pelo Democratas e pelo Podemos. Transferiu voto e provou que é líder político.
16
Roberto Naves/Anápolis
O prefeito de Anápolis levou o primeiro turno, com uma frente excepcional sobre Antônio Gomide, do PT. Ele obteve 46,64% dos votos, contra 28,87% do petista — e 31.296 votos a mais. Tende a ser reeleito, e com facilidade. Além de quebrar a mística da invencibilidade de Gomide, Roberto Naves (Progressistas) se tornou, pela habilidade na articulação política, um verdadeiro líder. Nome forte para a disputa eleitoral de 2026. Tanto pode ser candidato a governador quanto a senador.
17
Ronaldo Caiado/Goiás
O governador articulou em praticamente todo o Estado e sua engenharia política, ao mapear as cidades-polos, articulando alianças densas, deu resultados positivos. Tem de ser considerado o grande “eleitor” da disputa de 2020. Vai disputar a reeleição em 2022 (vale frisar que o Democratas pensa no líder goiano como uma alternativa para a Presidência da República, mas ele já frisou que irá à reeleição).
18
Selma Bastos/Cidade de Goiás
Depois de governar a Cidade de Goiás por quase oito anos, Selma Bastos (PT) conseguiu eleger o sucessor, Aderson Liberato Gouvea (PT). Há quem aposte que, em 2022, vai ficar à margem do processo eleitoral. Mas o petismo planeja bancá-la para deputada estadual.
19
Valmir Pedro/Uruaçu
O governismo atuou, com firmeza, para derrotar o prefeito de Uruaçu, Valmir Pedro (PSDB), conhecido como “Marconi Perillo do Norte de Goiás”. Não deu pé. O gestor municipal foi reeleito, provando que tem força político-eleitoral. É cotado para disputar mandato de deputado estadual em 2022 ou em 2026.
20
Vilmar Rocha/Goiás
De perfil moderado, articulando nos bastidores, Vilmar Rocha, presidente do PSD, trabalhou para fortalecer o partido em todo o Estado. Adotou a estratégia de bancar candidatos nas médias e grandes cidades com o objetivo de constituir bases político-eleitorais para a disputa de deputado estadual e federal em 2022. O partido elegeu 11 prefeitos e vários vice-prefeitos. Vilmar Rocha é cotado para disputar mandato de deputado federal, mas seu sonho é ser senador.
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