Vitor Hugo lamenta perda de conta no Twitter e diz que vai recorrer
Apoiador de primeira hora do presidente em exercício Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal e ex-candidato ao governo de Goiás, Major Vitor Hugo (PL), teve a conta retida no Twitter neste domingo, 6. Conforme a rede social, a medida faz parte de uma ordem judicial. Não há detalhes sobre o que motivou a retirada da conta de Major Vitor Hugo do ar. Mas a Justiça brasileira tem atuado contra manifestações que incitem a tentativa de contestação do resultado das eleições presidenciais do Brasil.
Em manifestação em outra rede social, divulgada nesta terça-feira, 8, ele afirmou que vai recorrer da decisão. Em Goiás, além de Vitor Hugo, o deputado eleito Gustavo Gayer (PL) também teve seu perfil no Twitter suspenso após levantar suspeitas sobre a apuração dos votos e questionar o resultado das eleições.
“Temos presenciado nesses tempos mais tumultuados da nossa história grandes desrespeitos a liberdade de expressão, imprensa, de pensamento e até a imunidade parlamentar, a qual prevê que eles invioláveis por palavras, votos e opiniões. Já acionei meu advogados para recorrer da decisão. Defendo não somente os meus direitos pessoais, mas o de todo cidadão de se manifestar”, frisa Vitor Hugo em live divulgada no Instagram.
Ao contestar os resultados oficiais presidenciais apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Major Vitor Hugo lembra que todas as instituições públicas podem ser alvo de críticas. “Não existe instituição no Brasil, seja ela no Poder Executivo, Legislativo ou Judiciário, que não possa sofrer uma eventual crítica, ser alvo de uma manifestação pacífica por parte da população. Afinal, todas elas foram criadas por seres humanos. Elas precisam de críticas para serem aperfeiçoadas”.
O novo dono do Twitter, Elon Musk, afirmou, neste domingo, 6, que vai examinar supostos casos de censura na rede social contra apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita após o bilionário ter sido marcado em uma publicação que responsabilizava a plataforma por reprimir políticos.
Relatório paralelo
O Ministério da Defesa divulgou nesta segunda-feira, 7, uma nota afirmando que o relatório das Forças Armadas sobre as urnas eletrônicas será divulgado nesta quarta-feira, 9. Os militares se comprometeram a realizar uma auditoria do pleito, diante de questionamentos do presidente Jair Bolsonaro e de seus apoiadores sobre a lisura do processo eleitoral.
Os militares foram convidados pelo então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, para integrar a Comissão de Transparência das Eleições, criada em setembro de 2021. Além de integrantes das Forças Armadas e de representantes da Corte Eleitoral, participam do grupo especialistas em tecnologia da informação e membros da sociedade civil.
“O Ministério da Defesa informa que, no próximo dia 9 de novembro, quarta-feira, será encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o relatório do trabalho de fiscalização do sistema eletrônico de votação, realizado pela equipe de técnicos militares das Forças Armadas”, diz a pasta no comunicado.