Abdib defende retomada de financiamentos do BNDES à exportação de serviços de engenharia

Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base reagiu com satisfação à intenção do BNDES de voltar a financiar serviços de engenharia no exterior
247 - A Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base (Abdib) reagiu com satisfação à intenção do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de voltar a financiar serviços de engenharia no exterior.Leia a nota da associação:A Associação Brasileira da Infraestrutura e das Indústrias de Base — ABDIB—, está preocupada com as reações contrárias à retomada dos financiamentos às exportações de bens e serviços pelo BNDES. Esse instrumento é visto pelo BIRD e pela OMC como importante para o desenvolvimento das economias emergentes. Não utilizá-lo em razão de um eventual uso inadequado no passado não se justifica. Ainda mais agora que o próprio TCU está criando um novo marco normativo que aumenta os cuidados de controle. “Eliminar um instrumento comum e importante ao redor do mundo só por ter sido eventualmente mal utilizado no passado é o mesmo que deixar os alunos da rede pública passar fome porque já houve casos de desvios de recursos da merenda escolar”, diz Venilton Tadini, presidente-executivo da ABDIB.O raciocínio da ABDIB se baseia no impacto que as exportações de bens e serviços realizadas com apoio do BNDES entre 2007 e 2015 tiveram sobre a economia brasileira. Naquele período, elas movimentaram uma rede de 4.044 fornecedores diretos no Brasil. Desses, 2.785 eram Médias, Pequenas e Micro Empresas. Os empregos gerados por esses fornecedores saltaram de 402 mil em 2007 para 788 em 2014. Essas empresas exportaram, entre 2003 e 2012, quase 20 vezes mais produtos brasileiros para mercados em que atuavam com apoio do banco de fomento do que para os destinos que não contavam com essas linhas de crédito. Naquele período, o BNDES desembolsou cerca de R$ 22 com essas linhas. O retorno se deu com pagamentos que somaram US$ 12,8 bilhões — entre capital e juros. Isso corresponde a quase R$ 40 bilhões, considerando a taxa de câmbio nas datas dos pagamentos.