Lula promete proteger salário-mínimo: “Enquanto eu for presidente ninguém mexe”
Luiz Inácio Lula da Silva (Imagem: Fabio Rodrigues-Pozzebom) Victor Nunes, DCM O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que, enquanto estiver na Presidência, não haverá mudanças negativas no salário-mínimo e que o governo não desvinculará benefícios sociais do mesmo. As declarações ocorreram durante entrevista ao Uol, nesta quarta-feira (26). “O salário-mínimo não será […]
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Victor Nunes, DCM
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu que, enquanto estiver na Presidência, não haverá mudanças negativas no salário-mínimo e que o governo não desvinculará benefícios sociais do mesmo. As declarações ocorreram durante entrevista ao Uol, nesta quarta-feira (26).
“O salário-mínimo não será mexido enquanto eu for presidente da República. O que diz a lei que regulamenta o aumento do salário-mínimo: você tem sempre que colocar a reposição inflacionária para manter o poder de compra; e nós damos uma média do crescimento do PIB dos últimos dois anos”, disse.
”Ora, o crescimento do PIB é exatamente para isso, para você distribuir entre os 212 milhões de brasileiros. Eu não posso penalizar a pessoa que ganha menos”.
Crescimento econômico e distribuição de renda
Lula reforçou a importância do crescimento econômico para a distribuição de renda. “Vamos voltar à fala da Maria da Conceição Tavares: ‘ninguém como pib; as pessoas comem alimento’. Mas a verdade é que se o PIB não crescer você não tem o que distribuir. Se você é solteiro e ganha R$ 10 mil, você tem uma renda per capita de R$ 10 mil. Quando você se casa, sua renda per capita cai para R$ 5 mil. Quando tem um filho, cai para R$ 3 mil. Ou seja, o que vai acontecer é que se o PIB não crescer você não tem o que distribuir. Por isso é importante a gente apostar no crescimento do PIB”, declarou.
O presidente ainda comentou acerca do crescimento do Brasil entre 1950 e 1980, que não resultou em uma distribuição adequada de riqueza.
“O que é grave é que esse país cresceu entre 1950 a 1980 em média 7,5% ao ano e a riqueza não foi distribuída. E quando termina essa fase de crescimento você percebe que a sociedade está mais pobre. O que nós estamos fazendo? Distribuindo. Qualquer crescimento, por mais insignificante que seja, ele tem que estar sendo distribuído. Essa é a lógica do que nós vamos fazer”, afirmou.
Assista a entrevista na íntegra
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