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Октябрь
2024

Menino que Pablo Marçal expôs por “não saber escrever” é agredido na escola

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Um menino de 11 anos exposto pela campanha de Pablo Marçal passou a sofrer bullying na escola e chegou a ser agredido fisicamente. O menino aparece nos conteúdos do político por não “conseguir escrever”.

O menino é diagnosticado com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) e, atualmente, a família aguarda resultado de um laudo neurológico para confirmar se ele também tem autismo.

A criança teve um encontro com o candidato no Morro Doce, periferia de Perus, durante uma caminhada de campanha do empresário ao extremo-noroeste de São Paulo, onde reside a família do menino.

O encontro aconteceu no dia 22 de setembro. Na ocasião, Marçal cumprimentava moradores do bairro quando o menino se aproximou e foi abraçá-lo.

Segundo o advogado da família, Vlademir da Mata Bezerra, o garoto estava com a mãe em um supermercado quando o tumulto chamou a atenção dele.

Ele, então, quis conhecer de perto e tirar uma foto com o candidato. Após abraçá-lo, Marçal solicitou que a criança escrevesse o nome do bairro no gesso que ele vinha utilizando havia alguns dias por causa da cadeirada que recebeu de José Luiz Datena (PSDB) durante um debate no início do mês.

Ao escrever errado, a criança precisou da ajuda do político para terminar o registro no gesso. Posteriormente, a equipe de Marçal, que registrou o encontro com a criança, divulgou o momento nas redes sociais expondo o rosto do menor de idade. Durante a ida a um programa de TV, o ex-candidato mencionou o caso novamente e lamentou o fato da criança não saber escrever.

Ao tocar no assunto, o ex-candidato mencionou o nome da criança. “Ele identificou o menino. Ele poderia ter falado de qualquer forma sobre a Educação ou, até mesmo, falado sobre a situação sem fazer uma identificação, mas não. Ele ainda divulgou a imagem do menino nas redes sociais sem qualquer autorização para cunho eleitoral”, afirmou o advogado da família.

O corte da entrevista na TV e o vídeo do encontro repercutiram posteriormente na mídia. Depois da repercussão, o menino passou a ser chamado de “analfabeto” e “burro” por colegas da escola. À mãe, que é motorista de aplicativo e cria os três filhos sozinha, o menino chegou a enviar um áudio relatando os episódios de bullying que vinha sofrendo no ambiente escolar.

Agressão

Incomodado com a situação, o menino começou a recusar a ir à escola, mas continuou estudando por pedido da mãe, já preocupada com que o filho vinha passando.

Nesta terça-feira (8), após ser chamado por outro aluno de “analfabeto”, o garoto reagiu aos xingamentos e acabou atingido por um soco de um estudante do 9° ano.

A agressão aconteceu na EMEF Marili Dias, localizada na Vila dos Palmares, em São Paulo, onde a vítima cursa o 7° ano. Após ser agredido, a mãe do aluno foi informada sobre o ocorrido e o irmão mais velho compareceu à unidade para buscá-lo.

Segundo o advogado, a situação tem afetado muito a família. “A mãe está totalmente arrasada, a vida deles virou de cabeça para baixo. Ela é mãe solteira e sustenta os três filhos como motorista de aplicativo. Com a situação, ela não consegue mais trabalhar direito”, garante Bezerra.

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