Somos menos literais do que pensamos
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Para facilitar a chegada deles à entrada correta, convidamos todos a entrar no carro ? eles acharam divertido fazer a pequena viagem amontoados no banco traseiro. Nesse pequeno trajeto, um deles, já meio "alto", repetia: "Não quero nem ver a cara do treinador amanhã", ao que os outros secundavam: "Nem eu!". O caso ilustra um dado interessante da linguagem: o sentido literal nem sempre é o "primeiro" sentido de uma expressão. Muito daquilo que falamos é mera repetição do que ouvimos ? e, por vezes, absorvemos apenas o seu sentido geral ou o seu uso pragmático. "Não quero nem ver a cara de fulano" significa preocupação com a reação desse fulano, independentemente de estarmos aptos a "enxergar" no sentido literal. Leia mais (12/28/2024 - 10h30)