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Bariani Ortêncio e a Academia Goianiense de Letras: um legado vivo da cultura goiana

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Jornal Opção está publicando uma série de depoimentos de personalidades da cultura de Goiás sobre a Casa de Bariani Ortêncio. Qual a importância da Casa de Bariani Ortêncio e do escritor para a cultura goiana? O poder público deveria adquirir o imóvel para transformá-lo num espaço cultural de todos os goianos

A história da Academia Goianiense de Letras se entrelaça, de forma indissociável, à trajetória de Bariani Ortêncio – cadeira n. 23 — um homem cuja vida foi dedicada à literatura, à cultura e ao fortalecimento das letras goianas. Bariani não foi apenas um acadêmico ilustre, mas também um conselheiro, um gênio e uma bússola que orientou gerações de escritores. Sua presença foi, e ainda é, um marco na memória afetiva e intelectual da AGnL.

Foram incontáveis as reuniões, cafés e lançamentos de livros realizados em sua casa — um verdadeiro ponto de encontro das artes e artistas. Ali, as ideias fluíam como rios generosos, e novos projetos culturais ganhavam forma. Muitos escritores da Academia guardam lembranças preciosas dos momentos vividos naquele espaço de acolhimento, sabedoria e inspiração.

Recordo-me, com carinho, de um aniversário seu em que eu e Emídio estivemos presentes. Contávamos a ele, cheios de entusiasmo, sobre o novo livro que estávamos escrevendo sobre comportamento — fruto de uma importante reportagem do programa Fantástico, da Rede Globo, que havia conhecido nossa pesquisa. Falávamos sobre a dificuldade de encontrar um título moderno, que traduzisse o conteúdo sobre sexualidade. Bariani, sereno e certeiro, respondeu: “Esse livro deve se chamar: O sexo nosso de cada dia.”

O título era genial — e o livro foi um sucesso. Assim era Bariani: simples e profundo, sempre com a palavra certa, no momento certo.

Sua casa, hoje à venda, é muito mais que uma construção de 800 m² projetada por Eurico Godoi. É um símbolo da memória cultural de Goiás. Em seu interior, repousam mais de 10 mil livros, entre eles cerca de 3 mil dedicados exclusivamente a Goiás, além de raridades, discos, fotografias e objetos pessoais. Durante décadas, aquele espaço recebeu escritores, músicos, pintores, professores, estudantes e políticos, em diálogos que ajudaram a moldar a identidade cultural goiana. 

Inclusive a própria AGnL, que carece de uma sede ampla, para suas inúmeras atividades culturais. 

Por tudo isso, a casa de Bariani Ortêncio deve ser preservada como um patrimônio público e cultural. Assim como a Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre, o lar de Bariani tem vocação natural para se tornar um centro vivo de arte, literatura e memória — uma “Casa de Artes Bariani Ortêncio”, aberta aos goianos e goianienses que tanto ele amou e inspirou.

Mais que paredes, livros e memórias, aquele espaço guarda o espírito de uma era em que a cultura se fazia com amizade, generosidade e compromisso com a palavra. Preservar essa casa é preservar a própria história de Goiás — e honrar um homem que fez da literatura uma forma de eternidade.

Marislei Brasileiro é presidente da Academia Goianiense de Letras, e escritora desde os 12 anos. Doutora em Ciências da Saúde pela FM/UFG, Doutora em Ciências da Religião pela PUC-Go.

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