Добавить новость
ru24.net
World News
Декабрь
2025
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31

Reunião entre EUA e Ucrânia é “muito produtiva”, mas impasse persiste sobre proposta de paz vista por Kiev como favorável à Rússia

0

Representantes dos Estados Unidos e da Ucrânia classificaram como “muito produtiva” uma reunião realizada neste domingo, 30, em Miami para discutir a nova proposta de paz apresentada por Washington há pouco mais de uma semana. Apesar do tom positivo, nenhuma definição foi anunciada, e o plano norte-americano, que será levado à Rússia nos próximos dias, segue cercado de controvérsias — especialmente porque Kiev considera sua versão inicial excessivamente alinhada às demandas do Kremlin.

Após horas de diálogo, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, declarou que houve “avanços importantes”, mas ressaltou que “ainda há muito trabalho a ser feito”. Ele reconheceu a complexidade das negociações, citou a necessidade de envolver Moscou no processo e disse que o objetivo não é apenas encerrar a guerra, mas garantir “um futuro mais seguro e próspero para a Ucrânia”. O chefe do Conselho de Segurança e Defesa ucraniano, Rustem Umerov, que representou Kiev, também elogiou o encontro e o “apoio tremendo” dos EUA, embora fontes que acompanharam as conversas tenham afirmado à AFP que o diálogo “não foi fácil”.

As conversas em Miami dão continuidade às negociações realizadas em Genebra, onde alguns consensos foram alcançados, mas pontos sensíveis — como fronteiras e garantias de segurança — travaram o progresso. Segundo Rubio, a expectativa é estabelecer um “mecanismo de soberania” que permita uma solução duradoura para Ucrânia e Rússia. Nos próximos dias, o principal negociador americano, Steve Witkoff, viajará a Moscou para apresentar a nova versão da proposta ao presidente Vladimir Putin. O Kremlin já confirmou o encontro, previsto antes da viagem oficial de Putin à Índia, na quarta-feira.

O texto original elaborado por Washington continha 28 pontos, incluindo o reconhecimento — inclusive pelos EUA — da Crimeia, Luhansk e Donetsk como territórios russos, além da redução do Exército ucraniano para 600 mil soldados (atualmente, cerca de 850 mil). A proposta, revelada pelo site Axios e atribuída parcialmente ao negociador russo Kirill Dmitriev, foi vista em Kiev como uma “lista de desejos” de Moscou. Após contestação dos ucranianos e de aliados europeus, o documento foi reduzido para 19 pontos, com mudanças relacionadas ao efetivo militar e ao uso de aproximadamente US$ 100 bilhões de ativos russos congelados no exterior.

Ainda assim, a Rússia mantém posição rígida: exige o reconhecimento completo de Donetsk e Luhansk — inclusive áreas sob controle ucraniano — como parte da Federação Russa, algo considerado ilegal sob o direito internacional e percebido por muitos analistas como “rendição territorial”. Delegados em Miami teriam dedicado grandes esforços a encontrar alternativas para esse impasse. “Todos estão tentando ser construtivos”, disse uma fonte com acesso às discussões.

O cenário político interno da Ucrânia adiciona tensão às negociações. O país enfrenta uma crise após a revelação de um grande escândalo de corrupção envolvendo ex-integrantes do governo e um bilionário próximo ao presidente Volodymyr Zelensky. Investigações da agência anticorrupção apontam que o grupo desviou e lavou cerca de US$ 100 milhões em contratos do setor de energia. Na sexta-feira, o chefe de Gabinete de Zelensky, Andriy Yermak — figura central nas negociações de guerra —, pediu demissão após agentes realizarem buscas em sua casa. O Kremlin rapidamente explorou o episódio para deslegitimar o governo ucraniano, afirmando que “a situação é imprevisível”.

No sábado, Zelensky foi convidado pelo presidente francês Emmanuel Macron para uma reunião em Paris, enquanto a Europa trabalha em uma contraproposta à versão americana do plano, vista como excessivamente favorável à Rússia. No mesmo dia, Zelensky nomeou Oksana Markarova, ex-embaixadora em Washington, como conselheira responsável por temas de reconstrução e investimentos.

As discussões sobre a guerra acontecem em paralelo a uma escalada na tensão entre Estados Unidos e Venezuela no Caribe. No domingo, a Rússia suspendeu os voos turísticos à ilha venezuelana de Margarita depois que Donald Trump ameaçou fechar completamente o espaço aéreo do país sul-americano — gesto criticado pelo governo Maduro e por líderes da região, como o presidente colombiano Gustavo Petro. Washington, por sua vez, intensificou operações militares no Caribe e no Pacífico Leste, alegando combater o narcotráfico, e já destruiu mais de 20 embarcações desde setembro, resultando na morte de pelo menos 83 pessoas. Venezuela e aliados acusam os EUA de execuções extrajudiciais e tentativas de desestabilização política.

O post Reunião entre EUA e Ucrânia é “muito produtiva”, mas impasse persiste sobre proposta de paz vista por Kiev como favorável à Rússia apareceu primeiro em Jornal Opção.




Moscow.media
Частные объявления сегодня





Rss.plus
















Музыкальные новости




























Спорт в России и мире

Новости спорта


Новости тенниса