Sorocaba realiza ‘Dia D’ de vacinação contra a febre amarela
Seis Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Sorocaba estão de portas abertas neste sábado (29) para o “Dia D” da vacinação contra a febre amarela. A vacinação ocorrerá até 17h nas unidades de saúde dos seguintes bairros: Parque da Laranjeiras, Vila Fiori, Sorocaba I, Cerrado, Éden e Parque São Bento.
A ação faz parte da orientação da Secretaria de Estado da Saúde que visa aumentar a cobertura vacinal em todo o território paulista. Neste ano, em todo o Estado, segundo a Secretaria de Saúde estadual, houve 66 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados em território paulista e 12 deles ocasionaram óbitos. No mesmo período, em Sorocaba, foi registrado um caso importado confirmado da doença, mas sem registrado de morte.
Apesar do mutirão, a procura da população foi tímida nas seis UBS que, segundo a Secretaria de Saúde, foram escolhidas como estratégia para evitar desperdícios de doses e centralizar a aplicação em diferentes regiões da cidade à população. A vacina aplicada em Sorocaba é a dose plena que tem validade para a vida toda.
Na UBS da Vila Fiori o movimento mais intenso foi registrado logo após a abertura, às 8h, segundo os funcionários da unidade. O operador de máquinas Christian Oliveira Rocha, de 22 anos, aproveitou a campanha para se imunizar, já que tem planos de viajar para o exterior. A comprovação da vacina é obrigatória para a obtenção do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia (CIVP), documento definido pelo Regulamento Sanitário Internacional. “Como eu moro aqui no bairro [vila Fiori], já aproveitei a campanha para resolver essa pendência”, disse.
Na UBS do Parque São Bento, 33 doses haviam sido aplicadas até as 10h15. Na pequena fila estava o mecânico Hélio Carnuto da Fonseca, de 56 anos. “Como eu gosto muito de pescar no meio do mato, em Piracicaba e também no Paraná, eu decidi me vacinar para ficar mais sossegado”, contou.
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos vetores, e possui dois ciclos de transmissão. Um deles, de acordo com a Divisão de Zoonoses de Sorocaba, é o silvestre, caracterizado pela transmissão em área rural ou de floresta. O outro é urbano. No ciclo silvestre, macacos infectados pela doença são picados pelos mosquitos Haemagogus e o Sabethes. Após a picada, esses mosquitos passam a carregar o vírus e podem transmitir a doença aos cidadãos que se aproximam das áreas de matas. Caso alguma pessoa seja picada e contaminada, ao se dirigir à área urbanizada, corre o risco de se iniciar o ciclo urbano.
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