Alergia em gatos, um diagnóstico difícil e necessário
Todo mundo já ouviu falar de pessoas com alergia a gatos. Mas pouca gente pensa sobre as alergias dos gatos. Eles não são alérgicos a humanos — ainda bem! — mas a diversas outras coisas. As mais habituais, conforme destaca médica-veterinária especializada em gatos Vanessa Zimbres, são alergias a alimentos, perfumes e produtos limpeza.
“Gatos são muito sensíveis a cheiros fortes e, por isso, é bem comum desenvolverem quadros de asma/bronquite”, afirma Vanessa. “Alguns gatinhos também podem desenvolver intolerância a certo ingrediente das rações e quadros de dermatite alérgica”. Há ainda alergias a árvores e pólen de flores, fumo de cigarro, tecidos e materiais de plástico, medicamentos e até pulgas, além dos produtos utilizados para eliminá-las.
Alergias estão relacionadas a uma hipersensibilidade e esta é uma característica individual de cada animal. Não há um exame para detectá-las – sem contar que o pet pode ser alérgico a mais de um componente.
Sintomas
Por não haver um exame possível de detectar as alergias dos gatos, Vanessa cita quais são os sintomas normalmente vistos: coceira, diarreia, edemas (inchaços), feridas, problemas de pele, prurido e feridas na região da cabeça e pescoço. A veterinária cita ainda tosse e vômito.
“No caso da bronquite, o gato apresenta tosses frequentes parecem engasgos com bolas de pelos e que podem confundir o tutor”, alerta Vanessa. “Em quadros mais graves, quando há muita dificuldade para respirar, isso se torna uma urgência”.
Como tratar
Antes de mais nada, é importante ressaltar que não há cura para alergias. O objetivo do tratamento é somente o controle dos sintomas. Como muitas vezes não é possível identificar qual é exatamente o alergeno que provoca tal reação, é muito importante evitar a exposição ao que, em tese, pode estar causando o quadro alérgico.
“Sendo a bronquite a reação mais comum nos gatos, evite qualquer cheiro forte, o que inclui as areias sanitárias perfumadas. O uso profilático de antipulgas também é essencial”, diz Vanessa. “Não é recomendado também variar a ração seca, pois o gato pode desenvolver um quadro de intolerância alimentar a determinado componente. E essa condição pode evoluir para uma doença intestinal inflamatória que, se não tratada, pode até mesmo formar um linfoma alimentar”, afirma Vanessa.
Casos de urgência
Se o tutor sabe que seu pet é alérgico, ele deve ter sempre em casa medicações devidamente prescritas pelo médico-veterinário que ajudam a controlar as crises. “A depender do tipo da alergia e da gravidade dos sintomas, o animal deve ser levado o imediatamente a um pronto atendimento”, alerta Vanessa. (Portal Melhores Amigos)
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