Autor da lei contra "cristofobia" diz que evangélicos são vítimas de censura
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São Paulo acabou de ganhar um "Dia do Combate à Cristofobia".
O autor da ideia, vereador Eduardo Tuma (PSDB), diz que evangélicos são vítima de "perseguição" e "censura".
Reprodução / Via eduardotuma.com.br
Diferentemente do projeto de lei que tramita no Congresso que prevê até oito anos de prisão para quem zombar de símbolos religiosos, a lei aprovada por unanimidade pelos vereadores de São Paulo tem pouca aplicação prática. Como o "Dia de Combate à Cristofobia" cai justamente no Natal, 25 de dezembro e não muda nada no calendário da cidade.
"É uma data para expor a perseguição que existe contra os evangélicos, de censura. Quando tratam de qualquer assunto, os evangélicos são vítimas de ataques", disse o vereador ao BuzzFeed Brasil.
Para o vereador, o fato de os evangélicos manterem canais e programas de TV não são suficientes para combater o que ele considera perseguição. Um dos exemplos citados por ele é o episódio em que uma transexual fez uma representação de Jesus crucificado para denunciar a homofobia e a violência de gênero, na Parada Gay do ano passado.
Reprodução/Facebook / Via Facebook: beleboniviviany
O artifício de usar uma imagem de crucificação é comum no país, mas no caso da Parada Gay, causou revolta entre os evangélicos e a transexual foi hostilizada.
Questionado se a perseguição a que ele se referia era a crítica pública às posições dos evangélicos, o vereador concordou: "Mas a crítica deve ser construtiva. Estou falando de uma pessoa sendo crucificada na passeata, a esse tipo de ataque".