Risco de trombose por pílula em mulheres sem histórico familiar é menor que 1%
Caso da estudante compartilhado no Facebook deixou muitas mulheres preocupadas, mas risco entre mulheres sem histórico familiar, não fumantes e não obesas, por exemplo, varia de 0,04% a 0,18%. Apesar disso, o caso de Juliana abriu um debate importante sobre o uso indiscriminado da pílula.
Você já deve ter visto na sua timeline este relato da Juliana Pinatti Bardella, que tem mais de 65 mil compartilhamentos.
"Foi um choque, não consegui entender bem o que estava acontecendo, o médico me perguntou se eu tomava anticoncepcional, eu disse que sim, há cinco anos, e então ele disse que essa poderia ser a causa do problema", escreveu no post.
"Cinco anos de YAZ, três ginecologistas diferentes, e nenhum me alertou sobre a trombose, mesmo perguntando a respeito, nenhum falou que seria um risco." Juliana também alerta que não tinha histórico familiar da doença, além de não fumar e estar com exames de sangue normais.
"Não há como garantir que você não vai ter trombose ao tomar anticoncepcional", diz a médica. "A pílula aumenta o risco de trombose de qualquer pessoa, e para quem tem propensão, ela aumenta ainda mais esse risco se associada a cigarro, obesidade e sedentarismo."
Em números, segundo estudo da Universidade de Nottingham, a estimativa é que a cada 10 mil mulheres que não tomam pílula anticoncepcional, de 3 a 5 podem ter trombose em um ano, uma chance de 0,04%. Estas chances variam entre 0,04% e 0,18% para mulheres que tomam contraceptivos hormonais variados. Ou seja, ainda os números ainda são baixos.