Sem palanque, sindicatos esquecem reivindicações para "festar" no 1º de Maio

Neste Dia do Trabalhador (1º), a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e sindicatos associados das áreas de educação e alimentação de Campo Grande, estão fazendo festa e ação social no campo de futebol do Bairro Dom Antônio Barbosa. Mas não haverá palanque ou discurso pelos direitos da classe trabalhadora, como um dia já foi tradição. O presidente da CUT, Wilson Gregório, confirma que não terá falas políticas o evento. Também diz que, se no passado muitos sindicatos se reuniam na data, hoje cada um faz sua "festa". "Muitos sindicatos estão fazendo as próprias festas. A CUT e os sindicatos associados estão fazendo essa ação social no bairro que é muito importante e muito boa para trazer serviços para a população que precisa", disse. Valter Vieira, 58, trabalha numa construtora e aproveitou para se vacinar no campo de futebol.  "Já aproveitei a oportunidade para me imunizar porque na rotina do dia a dia não dá tempo. Há algumas semanas tive gripe forte, inclusive". São oferecidas vacinas contra o influenza e doses de imunizantes de rotina. Desempregada e avó de dois meninos de 6 anos, Jane de Almeida trouxe as crianças para brincar no pula-pula e brinquedos infláveis. "Quase não tem nada para as crianças aqui [no bairro], então hoje está sendo um dia para eles aproveitarem. Os dois estão por ali brincando", falou.  Cerca de 100 pessoas participam do evento, que vai até as 18h. No horário do almoço, haverá distribuição gratuita de cestas básicas e de 400 marmitas de arroz-carreteiro para os moradores da região. Outros serviços grátis são consulta odontológica e corte de cabelo, por exemplo. Além disso, a Cruz Vermelha recebe inscrições para um curso de primeiros socorros. As bases - O objetivo do evento entre os sindicatos, é se voltar às bases segundo disse o secretário de informação da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul), Onivan Lima, que está lá. "A ideia é trazer o sindicato para a base. Essa é uma forma dos trabalhadores terem contato com os sindicatos porque muitas vezes eles não conseguem ir até nós. Também é uma forma de nós, que também somos trabalhadores, nos proporcionarmos um momento de lazer", afirma. Presidente do sindicato dos Correios no Estado, Wilton Lopes relata se sentir grato em comemorar dessa forma o Dia do Trabalhador. "É um sentimento de muita gratidão, de poder se doar e proporcionar um pouco de lazer, principalmente num bairro onde não há muitos eventos como esse", disse. Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais .