Silenciosamente, entrega-se para cada par de mãos vazias uma caixa. Quem a recebe não consegue perceber de onde veio. Parece surgir do nada, na sutileza da fissura que marca a transição do momento de mais agudo desespero para o de branda apatia. Pesa bastante, tal objeto, como se dentro dele a promessa do ter, do conquistar, do desfrutar, do progredir - dos verbos cujas ações resultarão em novos dias -, fizesse morada.
Leia mais (08/27/2024 - 09h00)