Em menos de 15 dias, 6 candidatas a vereadora em Goiânia estão inaptas para as eleições
Com o prazo pra registro de candidaturas encerrado no dia 15 de agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está indeferindo candidaturas em Goiânia. Até o momento, a Justiça Eleitoral retirou onze candidatos que pleiteavam uma vaga para vereador na capital. Sendo que a maioria (6) dos nomes considerados “inaptos” eram de mulheres.
A primeira que saiu da disputa foi Jessica Abreu de Sousa, que concorria pelo União Brasil. Na ocasião, o partido informou que ela desistiu da candidatura e já estava apoiando até outro nome nas eleições. A candidata Mariana Gidrão também foi considerada “inapta” pela Justiça Eleitoral.
Segundo o União Brasil em Goiânia, a situação de Gidrão não é preocupante para o partido. Pelo fato dela querer concorrer ao pleito, ela precisava deixar o cargo de superintendente da Mulher na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. Entretanto, houve problemas na documentação de descompatibilização.
“Ela (Gidrão) foi intimada, mas não viu o e-mail, por isso não se manifestou para juntar a desincompatibilização. Mas, se você entrar no pedido de registro dela, nós já juntamos (todos os documentos necessários). Então, a chance de resolver essa questão é de 99,9%”, disse a assessoria.
Entretanto, caso Gidrão não possa se candidatar e também sem Jesssica Abreu, o União Brasil ainda não corre riscos de desrespeitar as regras da cota de gênero. Em um cenários sem as duas candidatas, o partido teria 34 nomes na chapa, sendo 12 mulheres. O percentual seria de aproximadamente 35%, ainda com folga do mínimo de 30% de candidaturas femininas.
Outras “inaptas”
Além da candidata do União Brasil, outra que também foi vetada por ausência de desincompatibilização foi Ana Clara Basilio (Republicanos). Cleide Cabelereira (PSDB) teve a sua situação classificada como “pedido não conhecido”, já Dra. Maria Oliveira (Podemos) e Sinthya da 44 (Solidariedade) renunciaram, segundo o TSE.
Em contato com o Jornal Opção, o advogado do Podemos, Leandro Neiva, esclareceu que a candidata Dra. Maria Oliveira desistiu da candidatura por conta de uma tragédia familiar. “Ela comunicou o partido que não teria condições para se dedicar à sua campanha, então o partido orientou ela a formalizar a renúncia”, conta.
A respeito de uma substituta, o representante afirma que o partido ainda não se manifestou. “Tendo em vista que temos 33 candidatos, sendo 15 mulheres e 18 homens, nós estamos dentro de um percentual de aproximadamente 50-50 em gênero. Então, essa renúncia não obrigaria o partido a substituir para fazer a adequação ao percentual da cota de gênero”, explica.
No momento, mesmo com a remoção das candidatas, nenhuma das outras chapas fica abaixo do mínimo de 30% de candidaturas femininas. Lembrando que a Justiça Eleitoral cobra esse número mínimo para que a chapa fique regular. Caso contrário, ela poderá ser cassada pelo TSE e os demais candidatos impedidos de concorrer.
O Jornal Opção tentou localizar as candidatas Cleide Cabelereira, Ana Clara Basilio e Sinthya da 44, mas não teve sucesso. O espaço segue aberto
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