Servidor da Prefeitura de Santa Helena é indiciado por lesar mais de 40 vítimas com falsa venda de casas da Agehab
Foragido desde abril deste ano, um servidor da Prefeitura de Santa Helena de Goiás foi indiciado pela Polícia Civil (PC) suspeito de lesar mais de 40 pessoas por meio da venda ilegal de terrenos públicos municipais e de casas de programas habitacionais da Agência Goiana de Habitação (Agehab). Os prejuízos ultrapassam R$ 1 milhão.
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Conforme o inquérito policial, ao qual o Jornal Opção teve acesso, apenas uma das vítimas foi lesada em R$ 25 mil por William Cássio de Souza, enquanto que outra vítima perdeu o veículo avaliado em R$ 20 mil, transferido a um terceiro indicado pelo servidor, como forma de pagamento pelo imóvel.
O documento afirma que o servidor utilizava o cargo para enganar as vítimas, afirmando que tinha autorização do município e do Governo de Goiás para comercializar os terrenos e imóveis, como os destinados ao programa “Casas a Custo Zero!”, que teve lista divulgada em abril.
Os programas habitacionais do governo estadual, como o “Casas a Custo Zero!”, doam os imóveis por meio de sorteio, desde que as famílias inscritas se enquadrem nos critérios exigidos. Ou seja, os imóveis não são vendidos, como foi feito por William.
O crime foi informado à Polícia Civil (PC) em abril, mês em que o servidor foi indiciado por estelionato mediante fraude eletrônica e corrupção, passando a ser procurado pela Justiça. O crime foi denunciado pelo procurador-geral de Santa Helena de Goiás, Ricardo Freitas Queiroz.
Redes sociais
Ainda de acordo com o documento, William cooptava as vítimas por meio de anúncios nas redes sociais. Em um dos casos, ele chegou a gravar um vídeo negociando moradias da Agehab com uma das vítimas.
A comercialização, segundo declaração de vítimas à PC, seria para bancar campanhas eleitorais na cidade, inclusive a do próprio William, que pretendia concorrer a uma das cadeiras da Câmara Municipal. A afirmação, porém, não foi citada na conclusão da investigação.
O Jornal Opção entrou em contato com a Prefeitura de Santa Helena de Goiás e com a Agehab para que se pronunciassem sobre a fraude, mas não obteve retorno. A defesa de William não foi localizada.
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