Demóstenes advoga, PGR propõe, Alexandre de Moraes não processa e Musa do Golpe volta a ser Musa do Gospel
A cantora Fernanda Rodrigues de Oliveira, que usa o nome artístico de Fernanda Óliver, caminha para se livrar de diversas das acusações pós-8 de janeiro.
O advogado Demóstenes Torres pediu e o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, propôs para Fernanda Óliver o acordo de não persecução penal. O ANPP livra seus beneficiários de cumprir na cadeia em caso de eventual condenação.
Agora, Fernanda Óliver está livre da fila de crimes que a Polícia Federal num vídeo gravado por ela: atos terroristas, ameaça, perseguição, associação criminosa armada, incêndio, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.
Juntos, esses delitos podem levar a pena de 33 anos. Orientada pelo advogado Demóstenes Torres, Fernanda Óliver ficou livre das condenações e, até, dos processos. Vai pagar R$ 5 mil, fazer curso de 12 horas sobre democracia e prestar 150 horas de serviços a alguma comunidade ou entidade.
Até concluir esses deveres, Fernanda Óliver recebeu a “proibição de participação em redes sociais abertas”. Foi nas mídias digitais que Fernanda Óliver se tornou “Musa do Gospel do Brasil”, com sucessos em igrejas evangélicas e encontros cristãos. Após os atos de 8/1, foi chamada na mídia de “Musa do Golpe”, o que, de acordo com a decisão judicial, se tornou anacrônico após não ser processada por querer derrubar o regime democrático.
Para fechar o acordo, Fernanda Óliver teve de confessar que incitou a manifestação e associação criminosa. Ela ficou presa de agosto a novembro de 2023 a mando do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Desde então, estava usando tornozeleira eletrônica.
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