Recado explícito: portas do Palácio das Esmeraldas estão 100% fechadas para o “candidato” Wilder Morais
Na semana passada, um repórter do Jornal Opção encontrou-se, num café do Setor Bueno, com dois aliados do governador Ronaldo Caiado, do União Brasil. O propósito da reunião era, como de hábito, discutir política nacional e local.
De cara, um dos interlocutores disse: “O quadro político-eleitoral começa a ganhar contornos mais nítidos. Para nós, que apoiamos o vice-governador Daniel Vilela, do MDB, para governador, é crucial o fato de que nossos adversários começam a serem definidos. As oposições planejam lançar, pelo visto, dois candidatos a governador — o senador Wilder Morais, do PL, e o ex-governador Marconi Perillo, do PSDB”.
“Quando o jogo fica claro, como está ficando, é importante para nós. Aos poucos, a gente está sabendo com quem contar e com quem não contar. Ou seja, como os lances sendo explicitados, ninguém enganará ninguém. Wilder Morais e alguns de seus aliados às vezes circulam ou tentam circular pelo Palácio das Esmeraldas, com conversas vãs, mas agora começam a se definir, o que é excelente para nós. É importante saber, desde cedo, quem será o adversário real.”
O segundo aliado de Ronaldo Caiado afirma que o PL deve lançar uma chapa puro-sangue: ou seja, Wilder Morais para governador e Gustavo Gayer e Fred Rodrigues para senador. “Com a possível definição, a de que Wilder Morais será nosso adversário, vamos, aos poucos, definir nossa chapa majoritária. No momento, há dois nomes definidos: Daniel Vilela para governador e Gracinha Caiado, do União Brasil, para senadora. A outra vaga para o Senado e a vice ainda não foram definidas, mas, com a escapada do PL, vamos defini-las.”
Quem deve ser candidato a senador? Há uma aposta de que será Gustavo Mendanha, do PSD. Mas há outros nomes cotados, como Paulo do Vale (União Brasil), ex-prefeito de Rio Verde. Adriano da Rocha Lima largou na frente para vice. Mas há outros nomes, como José Mário Schreiner, Paulo do Vale, Fátima Gavioli, Pedro Sales, Gustavo Mendanha, Humberto Machado, Luiz Carlos do Carmo, Henrique Alves e Zeli Fritsche.
Aliados de Wilder Morais estariam dizendo que Ronaldo Caiado poderá apoiá-lo para governador. Anote: é fake news. Wilder Morais não terá o apoio do governador e será tratado, daqui para frente, como opositor.
As tropas governistas deverão operar, a partir de março, ou até antes, para filiar os prefeitos do PL em partidos da base — o que vai isolar, ainda mais, Wilder Morais em todo o Estado. Há quem postule que alguns deputados do partido, talvez a maioria, migrarão para a base do governo. “Ao menos um deputado estadual e um deputado federal estão fazendo as malas para a mudança. Prefeitos com malas prontas chegam a 98%”, afirma um integrante do União Brasil.
O PL de Goiás ainda não foi esvaziado numa deferência, não a Wilder Morais, e sim ao ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo qual Ronaldo Caiado tem estima. Os dois se dão bem e se respeitam.
O recado do poder é explícito: as portas do Palácio das Esmeraldas estão abertas para o senador Wilder Morais mas estão 100% fechadas — repita-se: 100% — para o possível candidato a governador Wilder Morais. (E.F.B.)
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