Bombardeio dos EUA contra Venezuela pode ter iniciado no Lago Maracaibo
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou o que havia dito, há alguns dias, mas deu mais detalhes sobre o primeiro bombardeio contra o território venezuelano que, segundo ele, aconteceu na semana passada. Apesar de não ter apresentado nenhuma prova, se for verdade, o ataque marca uma escalada significativa no conflito após meses de pressão do governo americano sobre o regime do ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, e os cartéis. Desde que Washington autorizou o envio maciço de tropas para região do Caribe e a costa venezuelana, as declarações do governo Trump sobre as ações militares no país latino são quase sempre cinéticas e superficiais, limitadas aos ataques aéreos contra lanchas que, supostamente, levavam drogas a bordo e navegavam rumo à costa americana.
“Abatemos todas as embarcações e agora bombardeamos uma área de implementação”, referindo-se a uma região portuária que é utilizada pelos cartéis para carregar os barcos com toneladas de drogas. Trump não especificou se o ataque foi realizado pelo exército americano ou pela CIA. Ele também não revelou a localização do estuário. Disse apenas que foi ao longo da costa venezuelana. A declaração do republicano sobre a ofensiva ocorreu pouco antes de uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em Mar-a-Lago, na Flórida.
A primeira vez que falou sobre este bombardeio na Venezuela, foi na semana passada, durante uma entrevista por telefone à rádio WABC, em Nova York. Enquanto conversava com o apresentador, John Catsimatidis, o presidente disse: “Não sei você leu em algum lugar ou assistiu, mas eles têm um porto que atua especificamente para o tráfico de drogas. É deste lugar que enviam as embarcações carregadas com toneladas de drogas. Há dois dias nós explodimos tudo que havia ali. O estuário, todos os barcos e navios, já estão no fundo do mar. Eu ainda não sei por quê isso não foi devidamente divulgado”.
Apesar da pressão da mídia mundial, que pede provas sobre o ataque, a Casa Branca prefere o silêncio à corroborar com a verdade. Nem a CIA, o Pentágono ou o Comando Militar do Sul, que conduz as operações no Caribe, também não se manifestaram assim como as autoridades venezuelanas. Ninguém ou nenhum órgão oficial fala sobre o suposto bombardeio, apenas Donald Trump. Na internet, logo após a fala do presidente americano, começaram a circular vídeos de uma explosão numa fábrica de produtos químicos situada próximo ao Lago de Maracaibo, o maior da América do Sul, no noroeste do país, que sugerem ser o local bombardeado pelos Estados Unidos.
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