Oposição sugere suspender recesso parlamentar para acelerar impeachment de Dilma
Partidos de oposição comemoraram nesta quarta-feira o anúncio do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os partidos disseram que não mudarão sua posição no Conselho Ética sobre a continuidade da ação disciplinar contra o peemedebista, e afirmaram que estão negociando com Cunha a suspensão do recesso parlamentar de fim de ano, para dar celeridade ao processo de impeachment.
O líder da minoria na Casa, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), disse que a representação dos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal estava bem embasada e não tinha por que Cunha rejeitá-la.
Ele garantiu que os tucanos vão manter a posição já assumida no Conselho de Ética pelo prosseguimento do processo por quebra de decoro parlamentar.
A aliados, Cunha já havia antecipado que "soltaria" impeachment
Cunha não fez mais do que a obrigação, diz autor do pedido de impeachment
— Não há qualquer contrapartida do PSDB — disse Bruno Araújo.
O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SP), não escondia a satisfação com o anúncio e lembrou que trabalhou "o ano inteiro pelo impeachment de Dilma". Segundo Paulinho, foi sugerido a Cunha que a comissão especial que será criada nas próximas 24 horas para análise do processo de impeachment possa trabalhar também em janeiro, período do recesso parlamentar.
Leia a íntegra do pedido de impeachment de Dilma aceito por Cunha
— Guerra é guerra, o PT quis assim, agora toma — disse Paulinho.
Entenda as etapas abaixo: