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Декабрь
2015

Parlamento britânico autoriza bombardeios contra EI na Síria

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O Parlamento britânico aprovou nesta quarta a participação da Força Aérea na campanha de bombardeios contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria, após um longo e tenso debate, marcado por acusações do premier David Cameron aos "simpatizantes de terroristas" que se opuseram à medida.

Foram mais de dez horas de debate, em uma Casa lotada.

Os deputados se pronunciaram a favor da proposta do governo por 397 votos contra 223, dando sinal verde aos bombardeios britânicos contra a organização islâmica. Uma maioria de 174 votos foi possível, graças, principalmente, aos votos de 67 deputados da oposição trabalhista.

O EI já era alvo da Força Aérea da Grã-Bretanha no Iraque, como parte da coalizão que une Estados Unidos, França e outros países.

O voto do Parlamento britânico a favor dos ataques aéreos contra o grupo Estado Islâmico na Síria "é a melhor decisão para preservar a segurança do país", reagiu o premiê David Cameron.

"O Parlamento tomou a melhor decisão para preservar a segurança do país - a ação militar na Síria faz parte de uma estratégia maior", afirmou Cameron no Twitter, após a decisão adotada pela ampla maioria de 174 deputados.

Já o ministro das Relações Exteriores do governo conservador, Philip Hammond, disse que o "Reino Unido está mais seguro esta noite com a decisão que o Parlamento tomou".

O presidente Barack Obama elogiou a entrada dos britânicos na ofensiva aérea.

"Desde o início da campanha contra o Isil (sigla em inglês para EI), o Reino Unido tem sido um dos nossos mais valiosos parceiros nesta luta", destacou a Casa Branca.

"Estamos ansiosos para termos as forças britânicas voando com a coalizão sobre a Síria e vamos trabalhar para integrá-las com a nossa Coalizão (...) o mais rápido possível", afirmou.

Obama também saudou a decisão do Conselho de Ministros da Alemanha. Na véspera, o órgão validou a participação de seu Exército na luta contra o EI, com uma missão que pode mobilizar até 1.200 militares. "É um sinal claro do compromisso constante da Alemanha na campanha anti-EI", comentou.

"Aplaudo as decisões tomadas por Reino Unido e Alemanha que demonstram nossa unidade e nossa determinação", acrescentou Obama, reafirmando sua vontade de "enfraquecer e, a longo prazo, destruir o EI".

Queda de braço no Parlamento

"Temos de responder ao chamado dos nossos aliados", defendeu Cameron durante o debate, três semanas depois dos atentados de Paris, reivindicados pelo EI.

A série de ataques de 13 de novembro na capital francesa deixou 130 mortos.

"Trabalhamos com nossos aliados para minar e destruir essa ameaça e vamos buscar esses terroristas em seus redutos, onde planejam matar britânicos, ou vamos nos sentar e esperar que nos ataquem?", questionou.

Muitos deputados usaram sua vez na tribuna para exigir que Cameron se desculpasse por ter chamado de "simpatizantes terroristas" aqueles contrários à sua iniciativa, em uma reunião com colegas conservadores na terça-feira.

Essas palavras "degradam o cargo de primeiro-ministro e minam a seriedade das deliberações de hoje", respondeu o líder da oposição, o trabalhista Jeremy Corbyn.

"Em vez de acrescentar bombas britânicas às outras que chovem sobre a Síria, o que precisa é acelerar as conversas de paz em Viena", insistiu.

O Reino Unido já participa dos bombardeios contra o grupo no Iraque, do outro lado da fronteira com a Síria. Os atentados de 13 de novembro em Paris despertaram uma enorme solidariedade entre os britânicos e seus políticos, assim como o desejo de punir o Estado Islâmico.

À medida que a votação se aproximava, porém, as forças políticas chegaram divididas e o apoio dos britânicos havia recuado.

A permissão do Parlamento acontece dois anos e meio depois da rejeição a participar de uma ação militar contra o presidente sírio, Bashar Al-Assad, por usar armas químicas contra a população de seu país.

O discurso mais celebrado do debate foi o de Hilary Benn, responsável pela Política Externa dos Trabalhistas, que votou a favor dos bombardeios e contra seu líder Corbyn, que se opunha.

"O que sabemos dos fascistas é que é preciso derrotá-los e, por isso, como ouvimos esta noite, os socialistas e os sindicalistas foram parte das Brigadas Internacionais que (no final) nos anos 1930 lutaram contra (Francisco) Franco", o ditador espanhol.

"É por isso que toda a Câmara se posicionou contra Hitler e Mussolini. É por isso que nosso partido sempre se posicionou contra a violação dos direitos humanos e a favor da justiça, e é por isso que, agora, temos de enfrentar este mal", vaticinou Benn.

As dúvidas criadas pelas guerras do Iraque e do Afeganistão, das quais o Reino Unido participou a pedido do então premiê Tony Blair, pesaram no debate.

"O fantasma do Iraque, do Afeganistão e da Líbia paira sobre esse debate", disse Corbyn.

"Isso não é 2003. Não podemos usar erros passados para justificar a indiferença, ou a passividade", rebateu Cameron.

Na frente do Parlamento, mais de dois mil manifestantes vaiaram o resultado da votação, em meio aos gritos de "não bombardeiem a Síria!" e "queremos a paz!".

No início da noite, pelo menos 200 deitaram no chão, na frente do prédio, bloqueando a rua para simular a morte de civis por bombas britânicas.

al/lr/tt/lr




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