A violência no Estado
Não passa dia sem explosão de caixa eletrônico, homicídios e execuções na Região Metropolitana ou mesmo em cidades interioranas que viviam em relativa tranquilidade. Ainda que a violência urbana atinja todo o território nacional, é cada dia mais visível que a Secretaria de Segurança do Estado não está conseguindo atender satisfatoriamente a população. O Rio Grande precisa de um choque de segurança, de alguma política inovadora e ousada, que desfaça a sensação de medo dos cidadãos.
Embora as razões do aumento da criminalidade sejam diferenciadas, pois vão do narcotráfico ao interesse desmedido por dinheiro, a que mais preocupa é a impunidade. O tráfico de drogas só está associado à maior parte dos crimes pela incapacidade dos organismos de segurança de enfrentarem as quadrilhas. Os criminosos só atacam agências bancárias com dinamite porque têm consciência da falta de policiamento. E só mantêm comunidades inteiras reféns, incluindo os jovens como vítimas preferenciais, devido à ausência absoluta de Estado, particularmente em áreas de risco.
Exemplos claros desse descontrole são os enfrentamentos que vêm resultando em frequentes assassinatos na Vila Cruzeiro, na Capital — os dois mais recentes registrados nesta semana. Os gaúchos precisam dizer não a essa falência no combate ao crime, que vem limitando direitos básicos dos cidadãos, como o de ficar em casa e sair às ruas sem a sensação de estarem correndo permanentemente o risco de serem assaltados e de perderem a vida.
Por mais que enfrente dificuldades de toda ordem, inclusive financeira, o poder público não pode permitir que a criminalidade imponha aos gaúchos um clima de faroeste.
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