![Governo recua na tática de acelerar rito de impeachment Governo recua na tática de acelerar rito de impeachment](http://zh.rbsdirect.com.br/imagesrc/17678184.jpg?w=1024&h=768)
<P> <P>Com a reviravolta na composição da Comissão Especial que decidirá sobre o <STRONG> <STRONG>impeachment</STRONG> </STRONG> da presidente Dilma Rousseff, o governo voltou atrás em sua estratégia de acelerar o processo no Congresso. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vinha mantendo discurso alinhado aos interesses do Palácio do Planalto, também mudou de tom nesta quarta-feira e anunciou que prefere um recesso parlamentar mais curto.</P> <P><STRONG> <STRONG>"Não podemos parar o país até 2 de fevereiro", diz Dilma</STRONG> </STRONG></P> <P>Antes contrário à pausa para evitar desgaste com manifestações de rua, o governo passou a defender uma interrupção parcial dos trabalhos legislativos para não "estressar as bancadas". Os parlamentares fariam um intervalo para o Natal e voltariam para votar o processo de impeachment em sessão extraordinária do Congresso em meados de janeiro. </P> <P>A decisão veio após derrota na eleição da chapa oposicionista para a comissão do impeachment, mesmo após <STRONG> <STRONG>decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal</STRONG> </STRONG>, que sustou o processo até a próxima quarta-feira.</P> <P><STRONG> <STRONG>Quem é o ministro do STF que suspendeu temporariamente o processo de impeachment</STRONG> </STRONG></P> <P>A estratégia foi costurada na reunião de líderes aliados com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, durante a manhã desta quarta-feira. O ministro ficou de ligar para Calheiros para pedir a manutenção do recesso parlamentar, além da convocação do Congresso para votar matérias orçamentárias.</P> <P>O presidente do Senado negou qualquer contato do governo. </P> <P>– Eu conversei com setores da oposição, me surpreende o Berzoini estar nessa posição – afirmou. </P> <P><STRONG> <STRONG>"Vão acabar decretando a prisão dele", afirma Renan sobre Cunha</STRONG> </STRONG></P> <P>Apesar de, até então, dar sinais contra a convocação do Congresso, Calheiros também mudou. </P> <P>– Deveremos ter sessão na terça e na quarta-feira e, a partir daí, quantas vezes forem necessárias – comentou. </P> <P>O objetivo do governo, confirmado no discurso de Calheiros, é votar todas as propostas sobre o orçamento de 2016, com prioridade para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), ainda em dezembro. Em seguida, haveria uma pausa para o Natal e convocação extraordinária do Congresso durante o recesso. O presidente do Senado, entretanto, disse não saber exatamente quando e como se dará a convocação.</P> <P><STRONG> <STRONG>Temer avaliza destituição de líder peemedebista aliado ao governo</STRONG> </STRONG></P> <P><STRONG>Oposição</STRONG></P> <P>Quem primeiro sugeriu um recesso parlamentar parcial foi a oposição. A hipótese de interromper as atividades legislativas para o Natal e retornar até 15 de janeiro foi trazida pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG), segundo ele, para alcançar um meio termo entre a suspensão total ou a manutenção do recesso, ponto de divergência entre governo e oposição.</P> <P>Outra ordem que veio da reunião de líderes com Berzoini é suspender demais estratégias até a próxima quarta-feira, quando os ministros do Supremo se reúnem para decidir sobre os questionamentos apresentados pelo PC do B a respeito da formação de chapa com candidaturas avulsas e da realização de votação secreta para escolher os integrantes da comissão do impeachment na Câmara.</P> <P><STRONG> <STRONG>"Teremos uma relação pessoal e institucional que seja a mais fértil possível", diz Temer</STRONG> </STRONG></P> <P>Conforme líderes governistas que participaram da reunião, o tom no Planalto é de cautela e não de comemoração. Na avaliação do governo, a decisão de Fachin apenas equilibrou o jogo. Líderes avaliaram, por exemplo, que a votação secreta é "a tentação do demônio". O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), propôs um acompanhamento meticuloso da situação.</P> <P>A análise inicial mostra que mais de 20 deputados governistas não estavam presentes, o que eleva o placar pró-Dilma para 219 votos (199 votos a favor da chapa governista mais os 20 ausentes).</P> <P>No horário da reunião, deputados da ala oposicionista do PMDB ainda não haviam protocolado pedido de destituição do líder do partido, Leonardo Picciani (RJ), que não participou do encontro. A questão, no entanto, já preocupa o Planalto, pois a mudança no maior partido da Câmara coloca o grupo de 66 deputados sob as ordens de um comando contrário à presidente Dilma.</P> <P>Na reunião, o governo anunciou o ex-deputado do PT, Geraldo Magela, como novo assessor de Berzoini para lidar com as bancadas no Congresso. Ele assume o lugar de Tadeu Filippelli (PMDB). </P> <P> </P>