Connecticut quer proibir venda de armas a suspeitos de terrorismo nos EUA
O governador de Connecticut (nordeste dos Estados Unidos), Dan Malloy, anunciou nesta quinta-feira a intenção de proibir a venda de armas a pessoas incluídas em listas federais de suspeitos de terrorismo, uma medida que ainda não foi adotada por nenhum estado do país.
"Estou dando este passo de senso comum com esta ordem executiva simplesmente porque é a passagem correta a fazer", afirmou Malloy em um comunicado no qual se disse "horrorizado pelos recentes ataques terroristas em San Bernardino e Paris".
Segundo o governador, a medida busca negar permissão de armas de fogo àqueles que estão em listas de vigilância do governo.
A polícia estatal de Connecticut já fazia controles de antecedentes àqueles que querem obter uma permissão para comprar armas no estado, cenário em 2012 do massacre sangrento da escola de Newtown.
Agora, Malloy quer que a polícia possa confrontar os nomes de quem quer obter permissão de porte de armas de fogo com as listas de vigilância de terrorismo do governo.
Para isto, o governador de Connecticut, que tem uma das legislações mais duras de controle de armas, precisa da aprovação das autoridades federais.
Dados do FBI, citados por Malloy, mostram que entre 2004 e 2014 pessoas incluídas nas listas de suspeitos de terrorismo tentaram comprar armas e explosivos em 2.233 ocasiões, alcançando seu objetivo em mais de 90% dos casos (2.043 vezes).
O debate sobre o controle de armas nos Estados Unidos foi reativado após o ataque a tiros lançado recentemente por um casal de muçulmanos radicais que deixou 14 mortos e 21 feridos em San Bernardino, Califórnia (oeste).
Os atacantes usaram fuzis de assalto semi-automáticos comprados de forma legal.
Em 14 de dezembro de 2012, um jovem de 20 anos, Adam Lanza, entrou armado na escola de ensino fundamental Sandy Hook, em Newtown, abriu fogo matando 20 crianças e seis professores, e depois suicidou. Antes do massacre, ele tinha matado a mãe na casa onde viviam juntos.
* AFP