Charlie Hebdo terá edição especial para marcar um ano de atentado
O jornal satírico francês Charlie Hebdo anunciou nesta quinta que vai lançar uma edição especial para assinalar o primeiro aniversário do atentado, que fez 12 mortos.
A edição especial, com 32 páginas, terá uma seleção de caricaturas dos cartoonistas que morreram no ataque e dos que integram atualmente a redação, além mensagens de apoio. A publicação será lançada na próxima quarta-feira, dia 6 de janeiro, véspera do primeiro aniversário do atentado, com quase um milhão de exemplares.
Atentados de Paris foram coordenados em tempo real
Membro do Estado Islâmico ligado aos atentados em Paris é morto na Síria
No dia 7 de janeiro de 2015, dois homens armados atacaram os escritórios do Charlie Hebdo, em Paris , matando 12 pessoas. O atentado ocorreu depois que o jornal publicou um número especial sobre as primeiras eleições na Tunísia, após a destituição do presidente Zine el Abidine Ben Ali, vencida pelo partido islamita Ennahda, no qual o profeta Maomé era retratado "redator principal".
Uma semana depois do atentado, o Charlie Hebdo lançou uma edição preparada pelos sobreviventes do ataque terrorista , que vendeu o recorde de 7,5 milhões de cópias e impulsionou a circulação do semanário.
O Charlie Hebdo afirmou que já recebeu muitas encomendas do número especial de outros países, incluindo 50 mil exemplares para a Alemanha. Atualmente, a publicação vende cerca de 10 mil cópias internacionalmente e aproximadamente 100 mil nas bancas franceses.
Irmãos são presos suspeitos de participação nos atentados de Paris
Áustria detém dois homens com possíveis vínculos com atentados de Paris
A publicação do número especial ocorre em um momento de crescente receio quanto a ataques terroristas na Europa, depois que jihadistas ligados ao movimento extremista Estado Islâmico (EI) mataram 130 pessoas , em Paris, em meados de novembro, em atentados coordenados.
Na Bélgica, Bruxelas cancelou, nesta quarta-feira, as festas previstas para a passagem de ano, justamente, devido ao receio de um eventual atentado na cidade belga , que tem 1,2 milhão de habitantes e que sedia a União Europeia e a Organização do Tratado do Atlântico Norte.
*Agência Brasil