Homem finge sequestro e usa dinheiro "roubado" para pagar agiota

Por intermédio da Derf (Delegacia Especializada de Repressão aos Roubos e Furtos), a Polícia Civil informou que o caso de roubo seguido por sequestro no Parque dos Poderes não passou de uma mentira contada pela suposta vítima, um homem de 40 anos. Conforme apurado nesta quinta-feira (14), o indivíduo relatou aos policiais que gastou todo o seu salário para pagamento de dívidas contraídas junto a agiotas, e que estaria escondendo a situação de sua companheira. O caso tomou repercussão na segunda-feira (11), após a confecção do boletim de ocorrência. No documento, a suposta vítima declarou ter sido roubado e mantido em cárcere privado após sair de uma agência bancária da Capital. Na história, inventada pelo homem, ele afirmou ter sacado R$ 1.980,00 para repassar para a esposa, antes de ser levado. Quando deixava a agência bancária, a vítima foi abordada por dois homens que desceram de uma moto Honda CG Titan e questionaram se ele é motorista de aplicativo. Logo que respondeu que não trabalhava com essa profissão, tentou ligar o veículo para sair, mas "um dos rapazes apontou uma arma para a vítima". Os assaltantes ainda teriam enviado mensagens para o celular da esposa do homem para pedir dinheiro. Antes de abandonarem o "sequestrado", os "rapazes" chegaram a parar em um mercado para comprar água. Ainda de acordo com o boletim, a falsa vítima foi deixada na rua e os "autores do furto fugiram". Além do valor sacado, os "bandidos" levaram mais R$ 1.600,00 que estavam na carteira do homem. Assim, deixando o homem com um prejuízo de R$ 3.580,00. Agora, a vítima do falso sequestro responderá por falsa comunicação de crime que prevê pena de detenção, de um a seis meses, ou multa de quatro salários mínimos vigentes.