Técnica mista da arte salvou Brenda na reclusão e hoje encanta amigos

Arquiteta e designer de interiores, Brenda Meireles Postaue, de 28 anos, ocupa diferentes lugares com sua percepção artística. Desde criança, ela pinta telas, mas foi no período da pandemia que esse trabalho com as obras de arte ganhou força. Técnica mista, giz pastel oleoso sobre papel, desenhos sobre lixa ferro, esculturas e até instalações. Desde 2020, Brenda experimenta diferentes formas de externalizar sua arte conforme a urgência de criar. Embora só tenha se identificado como artista durante a pandemia, ela fala que a relação com a arte vem de mais tempo. “Tenho pintado quadros desde bem pequena, por influência da minha mãe, que é uma excelente artista. Quando eu e meu irmão éramos pequenos, ela sempre providenciava materiais de desenho e pintura pra gente se divertir”, conta.  Curso de introdução artística, desenho e outros sempre estiveram presentes na vida dela durante o período de formação. Mas, com as demandas da vida adulta’, Brenda ficou desconectada desse lado artístico que só foi despertado novamente na reclusão da crise sanitária. “Foi durante a reclusão da pandemia, em que os encontros ficaram mais difíceis, que vi no desenho e na pintura minha ponte para me comunicar mais profundamente com as pessoas pelas redes sociais”, afirma.  Nos últimos quatro anos, a artista tem levado para as telas parte de tudo que a cerca. Se enxergando como uma ‘ferramenta’ que respeita como o externo se impõe, Brenda explica como funcionam seus processos criativos.   “Geralmente partem de coisas muito pequenas que encontro na paisagem, como se fossem ampliações de trechos de uma construção, uma rua, uma cena específica. Trago coisas que acontecem comigo, sonhos, representações de emoções com formas, cores e texturas”, diz. Através de diversos materiais, Brenda cria de forma prática onde cada situação demanda um elemento diferente. Desde que se voltou à carreira artística, ela já participou da exposição “Deslocamento como ritual”, do projeto NAUS e da exposição ‘Petrolatum’. As principais obras são “Tempesta”, “Eupestre”, “Nós e os tucanos”, "Afeto", "Água Boa", "Rasgo". Sobre o que a move enquanto artista, ela responde. “Esteticamente busco embaçar ao máximo a delimitação dos elementos que me levaram à urgência de criar, de uma forma que eu ainda os reconheça, mas que reste ao observador a total liberdade de colocar suas próprias fronteiras e significados”, conclui. Naus 2024 - Com a curadoria de Elias de Aquino, 'Deslocamento como Ritual' é uma exposição que parte do princípio da viagem e da diferença geográfica para pensar alterações, transformações e novos olhares sobre a produção de um artista.  Naus é um programa de imersão artística e experimentação curatorial NAUS, que incentivará e realizará circuitos de pesquisa e produção, conversas e formações públicas e propostas expositivas durante o ano de 2024. A exposição ocorre na Caixa de Barro – Casulo Espaço de Cultura e Arte – Reinaldo Bianchi, 398, Parque Alvorada, em Dourados. Siga o Lado B  no  WhatsApp , um canal para quebrar a rotina do jornalismo de MS! Clique aqui para acessar o canal do Lado B e siga nossas redes sociais .