É imenso, um dia saberemos, o que estamos exigindo das crianças para nossos próprios fins, em nome da nossa segurança. Que
permaneçam vários meses trancadas em suas casas, relegadas a espaços às vezes sombrios, às vezes esquálidos. Que percam quase todo contato com pessoas queridas, avós, tios, professores, pessoas com as quais travavam relações profundas e diárias. Que percam de vista umas às outras e já não existam numa comunidade de crianças, de iguais - que se façam seres solitários em diálogo inevitavelmente vertical com os pais.
Leia mais (08/18/2020 - 17h39)