Lissauer afirma que realiza varredura para investigar denúncia de funcionários fantasmas
O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Lissauer Vieira (PSD), informou que a diretoria de Recursos Humanos (RH) da escola iniciou uma investigação para apurar a denúncia feita pelo Jornal Opção nesta quinta-feira, 1º.
Com exclusividade, o jornal Opção trouxe à tona uma rede de 55 funcionários fantasmas ligados ao diretor da escola, Teófilo Luiz dos Santos.
“O que vi é que aquilo era um grupo de WhatsApp não oficial da casa e que era de 2020. Portanto, no auge das restrições da pandemia. Com relação aos números de telefone, não tem nome nenhum não dá pra saber de imediato quem são essas pessoas”, disse ao citar o grupo dos ‘servidores isentos’, que foi exposto pelo Jornal Opção.
“Está sendo feita uma varredura nos servidores para avaliar se há mesmo alguma irregularidade. Só que hoje o expediente já está encerrado por causa do jogo”, informou a nota.
A reportagem procurou ainda o Ministério Público para saber se existe alguma investigação em curso, mas por conta do jogo o expediente também foi reduzido no órgão.
Denúncia
O Jornal Opção publicou uma reportagem nesta quinta-feira, 1º, mostrando que a Escola do Legislativo Estadual tem sustentado uma rede de funcionários fantasmas ligados ao diretor Teófilo. Em um grupo de WhatsApp descrito como ‘servidores isentos’, é possível identificar 55 participantes de dois estados: São Paulo e Goiás, além do Distrito Federal.
O espaço coletivo foi criado no dia 1º de julho de 2020. Porém, é possível observar as mensagens disponíveis a partir do dia 17 de junho deste ano. As conversas, inclusive, foram enviadas por uma das secretárias de Teófilo, chamada Wallesca Borges. No texto, ela envia um comunicado aos servidores alertando sobre a assinatura da folha de ponto.
Se passando por um funcionário fantasma, o Jornal Opção entrou em contato com Wallesca para que fosse adicionado no grupo, sob a alegação que teria mudado de contato.
A secretária, no entanto, afirmou que o grupo dos ‘servidores isentos’ foi desfeito e apagado há alguns meses, devido ao risco de serem denunciados. A jogada teria sido orientada por um superior, possivelmente o diretor Teófilo.
Porém, mesmo com a exclusão do espaço coletivo, as regras para os funcionários fantasmas continuavam as mesmas: ir apenas uma vez ao mês no local, entre o dia 1º e 5, para assinar a folha de ponto.